terça-feira, 8 de maio de 2012

Viciados em redes sociais

Estudo revela que é mais difícil resistir à tentação de acessar sites como Facebook e Twitter do que dizer não ao álcool e ao cigarro. Descubra se você é ou não um deles.

O vício em redes sociais é uma realidade e tem impactos impossíveis de ignorar. Um dos primeiros estudos a revelar a força dessa nova dependência, foi apresentado em fevereiro pela Universidade de Chicago (EUA). Depois de acompanhar a rotina de atualizações em redes sociais de 205 pessoas por sete dias, os pesquisadores concluíram, para espanto geral, que resistir às tentações do Facebook e do Twitter é mais difícil do que dizer não ao álcool e ao cigarro. Uma consulta aos números do programa de dependência de internet do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (IPq-HCUSP) dá uma ideia do problema no Brasil.
Hoje, 25% dos pacientes que buscam ajuda no programa do IPq buscam tratamento para o vício em redes sociais. “E esse percentual deve aumentar”, afirma Dora Góes, psicóloga do programa. O vício em redes sociais é forte como o da dependência química. Como o viciado em drogas, que com o tempo precisa de doses cada vez maiores de uma substância para ter o efeito entorpecente parecido com o obtido na primeira vez, o viciado em Facebook também necessita se expor e ler as confissões de amigos com cada vez mais frequência para saciar sua curiosidade e narcisismo.
Sintomas de crise de abstinência, como ansiedade, acessos de raiva, suores e até depressão quando há afastamento da internet, também são comuns. “É como um alcoólatra”, afirma Dora. “Se para ele o bar é o objetivo, para o viciado estar sempre conectado às redes sociais é a meta.”
Adaptado de Isto É Independente

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