terça-feira, 15 de setembro de 2009

PROFISSÃO: ENFERMAGEM

Se você pretende seguir essa carreira, saiba que vai precisar de muita sensibilidade para cuidar dos outros, pois é esse profissional quem faz a ponte entre o paciente e seus familiares e todos os demais profissionais do hospital. A carreira de enfermeiro exige uma série de sacrifícios. “Tenho folgas a cada quinze dias e estou sempre de sobreaviso, mesmo quando não é meu plantão. Tenho pouco tempo para me divertir e preciso ser criativa para conciliar o trabalho, a família e o lazer. Mas vale a pena porque gosto muito do que faço”, conta a enfermeira Deboroah de Carvalho.
Indispensável em todos os setores de um hospital, da UTI à psiquiatria, passando pela pediatria, maternidade e cardiologia, o enfermeiro se preocupa com a qualidade de vida e a segurança dos pacientes. É sua função coletar dados sobre o estado dos doentes e ajudar a estabelecer o diagnóstico para auxiliar o corpo clínico sobre a conduta a ser seguida. Ele também é responsável pela higiene, alimentação e orientação do paciente, bem como pela administração de remédios e a aplicação de curativos. Pode atuar, ainda, na saúde coletiva, em campanhas de prevenção de doenças e realizando trabalhos educativos na comunidade.
Mercado de Trabalho
O mercado de trabalho do profissional de Enfermagem tem passado por mudanças. "Aquela atuação tradicional, em hospitais, está muito difícil. O mercado está saturado pois há muitos cursos no país e a concorrência é grande", diz José Luiz Tatagiba Lamas, coordenador do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), de São Paulo. A mudança, no entanto, não significa que a profissão passe por um momento ruim. "O enfermeiro tem de ser criativo e buscar alternativas. Hoje, por exemplo, há profissionais que trabalham em empresas de produtos hospitalares, apresentando as novida- des a outros enfermeiros e dando treinamento. Essa função não existia há poucos anos", explica.
O Curso
As diretrizes estabelecidas pelo MEC em 2002 propuseram que a formação na graduação passasse a ter um caráter mais generalista, voltado para as necessidades de atenção primária, que é o trabalho do enfermeiro em ambulatórios, prontos-socorros e postos de saúde. O início do curso é marcado por disciplinas básicas da área das ciências biológicas, como anatomia, microbiologia, citologia, histologia e parasitologia. Também há matérias de administração e fundamentos de psicologia e de sociologia. Gradativamente, o aluno conhece os procedimentos técnicos e, no segundo ano, começa a atender pacientes e a cuidar de enfermarias. O estágio é obrigatório, sempre supervisionado por enfermeiros e professores. No fim do curso – que dura, em média, quatro anos e meio –, é comum a exigência de um trabalho de conclusão.

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